Qual nosso papel diante de nosso próprio futuro?
Segundo o entendimento de nossa doutrina o que temos como “destino marcado” é a vinda e a partida e mesmo esta última, a partida, pode ser adiantada ou postergada. Não apenas por acidentes ou intervenções infelizes como o suicídio por exemplo, mas como por ter cumprido sua missão antes do tempo planejado e decidir votar antes, ou após cumprir sua missão querer estender sua estadia nesta vida.
Estamos falando de uma vida na Terra. Planeta de provas e expiações que passa por uma transição e trás para seus valores a caridade, doação e valor a vida. Por conta disso, a questão não é apenas ter o destino certo como se tudo fosse carta marcada de baralho, o que temos são escolhas e decisões.
Trazemos então alguns pontos que reforçam essa afirmativa:
- Não estamos sozinhos. Portanto as escolhas não são fáceis pois elas justamente contrapõem a liberdade de ir e vir.
- O individual fala muito forte e o coletivo é imperioso. Como administrar forças tão contrárias?
- Sabemos qual o melhor caminho, mas nem sempre queremos seguir ele, seja por medo, ignorância ou vaidade.
- Há um planejamento antes de virmos, mas o livre arbítrio, mesmo que limitado, é um direito.
- A ilusão e os sonhos fazem parte de nossa vida, separar os dois é sabedoria. Na ilusão nos enganamos e nos decepcionamos; nos sonhos, traçamos metas para seguir, melhor para perseguir.
E então, existe destino?
Devido a tudo isto, não, não existe um destino obrigatório. Podemos mudar nossos caminhos e nosso ponto final nesta vida e esta mudança pode ser para melhor ou para pior, mas, seguimos parando e avançando, jamais retrocedendo. E função de tudo isto, nossa responsabilidade aumenta mais ainda, quanto mais sabemos, quanto mais cuidamos de nós e de nosso “destino” mais entendemos que boa parte de nossa vida está em nossas próprias mãos.
Devemos seguir, melhor, perseguir nosso melhor destino. Pois seguir é ir atrás e perseguir é buscar com insistência. Nada é fácil, sabemos. Mas tudo é possível ao coração que se prepara, que crê e que se abre a novas possibilidades.
Sim, não existe destino já escrito. O que existe é um caderno com páginas já escritas até agora e com folhas em branco de agora em diante. O que está feito tem minhas mãos e o que está por fazer tem meu coração. Use-o com sabedoria e lembra: Cada um escreve sua história e nela existe roteiro, e cenários personagens que não podemos desconsiderar. Se desconsiderar os outros e tudo ao redor, a decepção será grande e outros escreverão o final de sua história.
“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.”
– James R. Sherman