Jesus era de esquerda ou de direita?

Direita e esquerda são formas de defender as mesmas necessidades, porém sob diferentes pontos de vista. 

Seja na política ou na religião, a ideia de um lado não poderia invalidar as partes positivas do outro, afinal, somos melhores usando os dois braços ou os dois lados do cérebro. E a luta diária deve ser por unir os dois pelo bem comum.

Direita e esquerda na história

Na política, os termos direita e esquerda vieram após a Revolução Francesa (1789), quando os parlamentos formados entre 1789 e 1799 eram organizados de forma que os representantes da aristocracia — nobres e abastados — se sentavam à direita, e os burgueses, à esquerda.

Os aristocratas defendiam os privilégios da nobreza, da Igreja e a sociedade de classes que existia no antigo regime. Ou seja, eram conservadores, no sentido de manter as estruturas sociais existentes até ali.

Já os que se sentavam à esquerda, representavam os interesses da burguesia, a classe que pagava a conta da aristocracia e da Igreja, mas que não tinham nenhum poder político.

A direita descrevia uma visão que aceita a hierarquia social ou desigualdade social como inevitável, natural, normal, e até mesmo desejável. Falavam em tradição, centrados no indivíduo e suas liberdades, e que a sociedade seria melhor se as pessoas tomassem suas decisões de forma individual. O Estado seria mínimo.

Ao lado esquerdo, ficavam aqueles que além das propostas de ruptura com os reinados, tentavam incorporar demandas sociais em suas propostas políticas e em favor das pessoas mais pobres da França. E por defender essa população eram chamados de “radicais”. Pensavam no coletivo e na intervenção do Estado para minimizar as diferenças socioeconômicas.

Na religião

Já na religião, usam-se os termos esquerda e direita na Umbanda, por exemplo, para diferenciar as formas de atuação.

De forma simples, a direita trabalha com fatores irradiadores e a esquerda trabalha com os fatores consumidores. 

  • Fatores irradiadores: emitem energias positivas e de reequilíbrio;
  • Fatores consumidores: absorvem as energias de desequilíbrio, consumindo-as.

Por isso se diz que não existe esquerda e direita como opostos, mas como trabalhos complementares. 

A questão não é ser de esquerda e direita, mas sim saber o melhor de cada um, sem jamais desmerecer que para tudo é preciso entender o contexto geral, a cultura, o momento e a capacidade de absorver os conceitos “esquerda” e “direita”.

Pode-se flutuar entre os dois posicionamentos?

Navegue entre o preto e o branco, lembrando de todos os tons de cinza. 

Há de se aprender a pegar o melhor de todos os posicionamentos, pois qualquer modelo em mãos erradas será uma metralhadora contra os mais necessitados.

E enquanto houver desigualdade de oportunidade, será necessário um sistema que defenda seu povo de forma justa e possível de ser estabelecida.

E afinal, Jesus era de esquerda ou de direita?

Depende do quanto a pessoa estava necessitada.

Um rico podia doar seus bens, então ele era de direita. Um pobre precisava de alimento e remédios, então Ele era de esquerda.

A questão essencial é lembrar que tudo vem e vai, o que sobe, desce, e o que nasce um dia morre. E quando estiver indo, a margem do rio poderá estar à direita, mas ao retornar, a mesma margem estará à esquerda.

Como na história do centurião: ele era o poder, seu servo era o povo, os dois precisaram e tiveram a atenção de Jesus.

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